Este blogue consta de uma compilação de retratos da natureza e intervenção humana em ambiente rural e urbano que O Cidadão abt vai capturando com a sua objectiva durante as caminhadas, será despejada neste blogue de muitos píxeis e poucos bitáites, dando ao ciberleitor a possibilidade de clicar sobre cada uma das fotos e de seguida na tecla F11 para melhor as poder desfrutar em ecrã total... Ligue o som e... passe por bons momentos!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

TABULEIROS - Rua do Camarão

A Rua do Camarão foi decorada de acordo com dois temas, tendo a Rua Silva Magalhães por fronteira.
A norte com esta textura:..


E a sul da Rua Silva Magalhães, desta forma...


No desfile dos Tabuleiros, as raparigas vão de blusa branca e manga comprida aconchegada ao pescoço e debruada a renda, com folhos verticais no peito e punhos. Saia de dois andares debruados a renda até aos pés, da mesma cor e tecido da blusa, calçando sapatos brancos ou de camurça clara. Transversal ao peito e enrolada à cintura, uma faixa de cetim representativa da côr da freguesia representada, por vezes com o nome desta inscrito, e uma rodilha branca entrelaçada com uma fita de cetim na mesma cor da faixa, que serve para suportar o peso do tabuleiro com cerca de treze quilos, transportado à cabeça durante cinco quilómetros sob um calor intenso.
O companheiro veste camisa branca de mangas arregaçadas e rematada por gravata da mesma cor da faixa da rapariga. Calças e sapatos pretos completam o conjunto.
Com o cortejo a desenrolar-se em duas filas paralelas, o companheiro sempre atento e pronto a auxiliar nas dificuldades do transporte do tabuleiro, posiciona-se do lado de dentro da fila, adornado o ombro do lado da companheira com um barrete preto onde assentará o tabuleiro caso a moçoila entre em exaustão.
De quartinhas de barro em punho e a par do cortejo, os aguadeiros completamente vestidos de branco, barrete verde de campino ao ombro, e com gravata e faixa envolta à cintura correspondendo à cor da freguesia que representam, mantêm-se atentos ao desempenho dos pares em desfile, fornecendo água fresca a quem necessite e visualizando a estrutura e o posicionamento correcto de cada um dos tabuleiros, zelando para que nada, mesmo nada, corra mal àquela gente.
Nos cortejos parciais que acontecem na manhã do sábado anterior ao culminar desta monumental festa, precedidos do estandarte ostentado pelos representantes da junta de freguesia que o estabilizam segurando nos cordames. 
Cada uma das dezasseis freguesias que complementam a capital do Nabão, parte da Alameda 1 de Março em direcção à Ponte Velha, com os pares subindo a Corredoura e desaguando na Praça da República sob o frio olhar de D. Gvaldim Paes, onde são recebidos pelo Mordomo e respeciva Vereação Camarária.
Daí, afunilam pela Rua Infantaria 15 e Avenida Cândido Madureira, terminando o desfile na Mata Nacional dos Sete Montes que se situa no sopé do Castelo Templário, perfilando em exposição até ao dia seguinte.
Durante todo o dia, o espaço è atroado pelo singular dos foguetes de morteiro ou seja, vão-se ouvindo estouros secos e espaçados que ecoam por todo o espaço sideral da cidade, criando um ambiente popular e sublime!
O desfilar é ladeado por uma multidão que em silêncio ou murmurando, aplaude incansavelmente o desenrolar da luz e côr, desafiando o insistente matraquear das máquinas fotográficas. 

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