Este blogue consta de uma compilação de retratos da natureza e intervenção humana em ambiente rural e urbano que O Cidadão abt vai capturando com a sua objectiva durante as caminhadas, será despejada neste blogue de muitos píxeis e poucos bitáites, dando ao ciberleitor a possibilidade de clicar sobre cada uma das fotos e de seguida na tecla F11 para melhor as poder desfrutar em ecrã total... Ligue o som e... passe por bons momentos!

domingo, 31 de julho de 2011

TABULEIROS - Rua do Quental


A Rua do Quental não foi das mais elaboradas, de lá saindo parte das sacadas de gelo picado que atestaram os quartinhas de barro transportadas pelos aguadeiros.





Na sexta-feira anterior ao culminar da Procissão dos Tabuleiros acontece o Cortejo do Mordomo em que pelas ruas da capital do Nabão desfilam os Bois do Espírito Santo, alguns puxando carroças transportando barricas de vinho que no dia do Bodo será distribuído pela população mais carenciada da região.
Outrora, a carne do Bodo era proveniente dos bois que desfilavam enfeitados com brincos e colares de flores, posteriormente abatidos. Actualmente a matança foi substituída pela colaboração dos talhantes da região. 
Ao Cortejo do Mordomo somam-se os cavaleiros e as charrettes com os respectivos convidados.


terça-feira, 26 de julho de 2011

TABULEIROS - Rua do Teatro








...704 pares que correspondem a 1408 elementos em desfile, e cerca de trinta e dois aguadeiros...
...aproximadamente 80 representantes das dezasseis freguesias com os seus estandartes num numero arredondado de 1520 participantes directos em desfile...
... 1700 metros de procissão percorrendo um circuito de 5000 metros  em que 1000 metros são em subida, com os tabuleiros a pesando cerca de 13 quilos, sem contar com uma extensa logística da organização nos bastidores, conferindo a respectiva assistência.



quinta-feira, 21 de julho de 2011

TABULEIROS - Rua Sacadura Cabral






A Festa dos Tabuleiros não se restringe aos três dias mais frequentados.
Estes dias são os que ganham maior visibilidade porém, na realidade as festas têm início um ano antes, com a chamada do povo junto à presidência da câmara onde se decide se a festa é de se concretizar no ano seguinte. Nessa altura, se o povo for favorável à realização do evento, é eleito um mordomo, em que nestas Festas do ano de 2011 a missão foi delegada ao Senhor João Victal.
Foto surripiada ao blogue "Tomar, a Cidade"
Para sinalizar o arranque da azáfama são lançados três foguetes de morteiro.
As festividades ganham visibilidade a partir do Domingo de Páscoa do ano seguinte, com os diversos Cortejos das Coroas.
Sendo uma festa de cariz religioso, acontecem sete Saídas das Coroas, tantas quantos são os dias de uma semana, e sete são os Dons do Espírito Santo, número místico que também representa o sétimo dia em que segundo o Antigo Testamento, Deus parou para descansara segunda saída dá-se no Domingo de Pascoela e daí em diante mais cinco saídas de quinze em quinze dias. 
Por onde o cortejo passa, as ruas são enfeitadas com pétalas de flores, e outras verduras enquanto nas janelas e nas sacadas das habitações são penduradas colchas vermelhas.
São três, as Coroas do Espírito Santo
Junto segue o fogueteiro, os bombos, a banda de música, os gaiteiros, e mais dezasseis Coroas e Pendões representando cada uma das dezasseis freguesias.

domingo, 17 de julho de 2011

TABULEIROS - Rua Gil de Avô

Rua Gil de Avô foi mais uma rua do centro histórico de Tomar decorada a preceito para esta festa épica!



A estrutura do Tabuleiro é construída tomando por base uma cesta de vime forrada com toalha de tecido branco debruado a rendas.
Cesta e canas são humedecidas há pelo menos 12 horas com o intuito de ganharem firmeza após a secagem, sendo espetadas em torno da cesta, cinco ou seis destas canas aguçadas nas pontas, dependendo a altura da rapariga que o transportará, onde são espetados trinta pães, representando as chagas de Jesus Cristo. 
Se forem cinco canas, em cada uma delas serão espetados seis pães ganhando em altura mas, se a rapariga for de estatura mediana, serão seis as canas e em cada uma, espetados cinco pães pesando cerca de 400gramas cada, de forma roliça e com adelgaçamento ao meio, tal qual se coziam em tempos antigos. Seguidamente, a coroa dourada, prateada ou revestida a papelinhos brancos evocando algodão, circunscreve as extremidades superiores das canas sendo encimada pelos símbolos de uma cruz vermelha de Cristo ou por uma pomba branca representando o Espírito Santo.
Recorrendo a troços de canas de menor comprimento e secção, cada andar de pães é travado entre si, por cruzetas arrematadas com cordel ou com arame. A este procedimento chama-se “travagem das canas” que, se oferecer dúvidas de firmeza, o conjunto será reforçado por cordéis ou arames grossos porque se o dia for ventoso, as raparigas debater-se-ão com dificuldades acrescidas no equilíbrio dos tabuleiros.
Nas cruzetas de cana são fixados ramos de flores e aqui se dá liberdade à criatividade em termos de decoração pois poderá ser de livre arbítrio ou uniformizada de acordo com os grupos ou directivas da freguesia.


Estas flores que antigamente eram naturais, no presente foram substituídas por flores de papel colorido idêntico ao que enfeita as ruas da cidade do Nabão, evocando o amor. Espigas de trigo introduzias de alto a baixo complementam o conjunto, reportando às safras dos cereais e à fertilidade, a coroa lembra-nos a Rainha Santa Isabel, enquanto a cruz e a pomba nos transmitem uma carga espiritual, tudo isto se revelando no espírito de sacrifício, na partilha, na amizade, no convívio entre as pessoas que directa ou indirectamente se envolvem neste inigualável culto popular ao Espírito Santo!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

TABULEIROS - Rua do Camarão

A Rua do Camarão foi decorada de acordo com dois temas, tendo a Rua Silva Magalhães por fronteira.
A norte com esta textura:..


E a sul da Rua Silva Magalhães, desta forma...


No desfile dos Tabuleiros, as raparigas vão de blusa branca e manga comprida aconchegada ao pescoço e debruada a renda, com folhos verticais no peito e punhos. Saia de dois andares debruados a renda até aos pés, da mesma cor e tecido da blusa, calçando sapatos brancos ou de camurça clara. Transversal ao peito e enrolada à cintura, uma faixa de cetim representativa da côr da freguesia representada, por vezes com o nome desta inscrito, e uma rodilha branca entrelaçada com uma fita de cetim na mesma cor da faixa, que serve para suportar o peso do tabuleiro com cerca de treze quilos, transportado à cabeça durante cinco quilómetros sob um calor intenso.
O companheiro veste camisa branca de mangas arregaçadas e rematada por gravata da mesma cor da faixa da rapariga. Calças e sapatos pretos completam o conjunto.
Com o cortejo a desenrolar-se em duas filas paralelas, o companheiro sempre atento e pronto a auxiliar nas dificuldades do transporte do tabuleiro, posiciona-se do lado de dentro da fila, adornado o ombro do lado da companheira com um barrete preto onde assentará o tabuleiro caso a moçoila entre em exaustão.
De quartinhas de barro em punho e a par do cortejo, os aguadeiros completamente vestidos de branco, barrete verde de campino ao ombro, e com gravata e faixa envolta à cintura correspondendo à cor da freguesia que representam, mantêm-se atentos ao desempenho dos pares em desfile, fornecendo água fresca a quem necessite e visualizando a estrutura e o posicionamento correcto de cada um dos tabuleiros, zelando para que nada, mesmo nada, corra mal àquela gente.
Nos cortejos parciais que acontecem na manhã do sábado anterior ao culminar desta monumental festa, precedidos do estandarte ostentado pelos representantes da junta de freguesia que o estabilizam segurando nos cordames. 
Cada uma das dezasseis freguesias que complementam a capital do Nabão, parte da Alameda 1 de Março em direcção à Ponte Velha, com os pares subindo a Corredoura e desaguando na Praça da República sob o frio olhar de D. Gvaldim Paes, onde são recebidos pelo Mordomo e respeciva Vereação Camarária.
Daí, afunilam pela Rua Infantaria 15 e Avenida Cândido Madureira, terminando o desfile na Mata Nacional dos Sete Montes que se situa no sopé do Castelo Templário, perfilando em exposição até ao dia seguinte.
Durante todo o dia, o espaço è atroado pelo singular dos foguetes de morteiro ou seja, vão-se ouvindo estouros secos e espaçados que ecoam por todo o espaço sideral da cidade, criando um ambiente popular e sublime!
O desfilar é ladeado por uma multidão que em silêncio ou murmurando, aplaude incansavelmente o desenrolar da luz e côr, desafiando o insistente matraquear das máquinas fotográficas.